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Alemã Mambu quer pôr banca portuguesa na nuvem

20/04/2023

A “fintech” alemã Mambu quer crescer em Portugal, que define como mercado prioritário.

Após ter estabelecido uma parceria com a Sonae em julho do ano passado, a plataforma financeira com base em cloud lança-se agora no país com o objetivo de ajudar a banca a migrar sistemas para a “nuvem”.

“Desde o início da nossa colaboração com o Universo que Portugal passou a ser um mercado prioritário e estratégico, contando com a formação de uma equipa dedicada aos requisitos específicos do país”, afirma o Diretor Regional da Mambu para Portugal, Luís Barreiros.

A Mambu já está presente em Portugal, diretamente, através do Universo, a marca de serviços financeiros do grupo Sonae com cerca de um milhão de clientes, numa parceira estabelecida em julho do ano passado. Além disso, tem ainda presença indireta através de parceiros como a N26 e o Solaris Bank que têm clientes em Portugal.

“A estratégia de crescimento a nível nacional passa por apoiar alguns bancos a migrarem de sistemas mais antigos, e ajudar na transformação e lançamento de novas iniciativas nos bancos digitais, a incorporar os serviços financeiros nas iniciativas digitais das grandes empresas e no lançamento das novas ‘fintechs’”, refere Luís Barreiros.

Com a perspetiva de expandir no país, a empresa está a trabalhar em parcerias com outros parceiros e integradores de sistemas para conseguir novos clientes durante este ano. O mais relevante é, segundo o Diretor Regional, a Deloitte Portugal, que tem um centro de excelência Mambu que oferece serviços para o mundo inteiro.

Não sendo uma instituição financeira, mas sim uma empresa tecnológica, a Mambu não será sendo diretamente regulada pelo Banco de Portugal, estando, contudo, abrangida pelas normas de supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Autoridade Bancária Europeia (EBA) e outros reguladores do espaço europeu.

Fundada em Berlim em 2011 e sediada em Amesterdão, a empresa está presente em mais de 65 países e tem uma equipa com cerca de 1.000 profissionais. Neste grupo incluem-se sete trabalhadores a nível nacional, a partir de onde é gerido o mercado do Sul da Europa: França, Espanha, Itália, Grécia, Malta, Chipre e a península balcânica, além de Portugal.

Fonte: Jornal de Negócios