A taxa de inflação na Alemanha recuou pelo terceiro mês seguido e para lá das expectativas do mercado, descendo para 8,6 porcento em termos homólogos na leitura de dezembro, depois dos 10 porcento de novembro.
A confirmar-se este valor da estimativa rápida divulgada esta semana, a média anual para 2022 fecha em 7,9 porcento.
Olhando para o indicador harmonizado, ou seja, a referência para Bruxelas, dezembro fechou com 9,6 porcento de variação homóloga e 8,7 porcento de média anual.
Este foi o terceiro mês consecutivo de recuos no indicador de preços para a maior economia europeia e uma queda maior do que o projetado pelos mercados, que antecipavam 9,1 porcento na leitura de dezembro. Já no que respeita à inflação subjacente, ou seja, descartando as categorias dos bens energéticos e dos alimentares não-transformados, esta não é divulgada nas estimativas rápidas do instituto de estatísticas germânico.
A queda foi transversal aos vários estados federais alemães, com destaque para a Renânia do Norte-Vestfália, onde a leitura de dezembro desceu para 8,7 porcento depois de chegar a 10,4 porcento no mês anterior, e com especial impacto na questão energética.
Os subsídios desenhados pelo Governo alemão ajudaram a diminuir a pressão nos preços pela via da energia, o que se traduziu em recuos nos transportes e rendas, embora o sector dos serviços tenha ainda algum caminho a percorrer, projeta a Pantheon Macro.
O índice de preços associado a bens energéticos recuou de 38,7 porcento para 24,4 porcento, ao passo que nos bens alimentares não-transformados a queda foi de 21,1 porcento para 20,7 porcento. Em sentido inverso, o sector dos serviços viu a inflação passar de 3,6 porcento em novembro para 3,9 porcento em dezembro.
Fonte: Jornal Económico