Notícias de Economia

Dona alemã da Floene quer rede de gás em todo o país

04/05/2023

Portugal tem “a rede de gás mais moderna na Europa”, diz Karl Liebel, Vice-Presidente de Infraestruturas da Allianz Capital Partners, que em 2021 comprou a operadora da rede de distribuição e lhe chamou Floene.

No entanto, garante, “ainda há muito potencial para aumentá-la e manter o preço do gás acessível”.

Depois de ter comprado 75 porcento da Galp Gás Natural Distribuição (GGND) por 368 milhões de euros e de lhe ter mudado o nome para Floene, a alemã Allianz Capital Partners (Allianz CP) – gestora de investimentos do grupo segurador Allianz – considera que “há um longo caminho a fazer” para expandir a rede de gás em Portugal.

A empresa quer aumentar a presença no país e fazer crescer o portefólio de investimentos – estando agora à procura de novos ativos para comprar – mas, para já, o foco da empresa alemã vai todo para a Floene e para a gestão da rede de distribuição de gás natural, cuja concessão detém por 30 anos, até 2048. São mais de 13.500 quilómetros que chegam a 106 concelhos de Portugal.

A Floene “é um ativo sem riscos e tem, provavelmente, a rede mais moderna na Europa”, segundo o vice-presidente de Infraestruturas da Allianz CP. No entanto, “ainda há muito potencial para aumentá-la, e ao mesmo tempo manter o preço do gás acessível”, garantiu Karl Liebel em entrevista ao Negócios.

A par da urgência da transição energética, com o gás natural a dar cada vez mais espaço ao hidrogénio e ao biometano, o responsável alemão defende que também é preciso “expandir ainda mais a rede no país para onde faz sentido – são 2,5 milhões de clientes de gás engarrafado [GPL] contra apenas 1,6 de gás natural. Há um longo caminho a fazer”.

Para a nova dona alemã da Floene, esta rede de gás moderna e quase 100 porcento em polietileno é um “ativo essencial porque cobre cerca de 70 porcento do mercado em termos de volume distribuído e em termos de pontos de conexão”. Além disso, diz Karl Liebel, a rede desempenhará um papel crítico na transição energética, apoiada pela Estratégia Nacional de Hidrogénio do país. “Sem a capacidade de transformar a rede numa infraestrutura neutra em carbono, através da injeção de gases renováveis, não teríamos feito este investimento”, garante.

Do ponto de vista alemão, Portugal tem hoje uma estratégia de transição energética muito credível. “É um país abençoado com sol, vento, um grande litoral,

Fonte: Jornal de Negócios