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Encomendas à indústria na Alemanha atingem máximo histórico em julho

09/09/2021

As encomendas à indústria na Alemanha atingiram máximos históricos em julho, segundo os dados revelados esta segunda-feira pelo gabinete de estatísticas Destatis.

Os pedidos de encomendas à indústria alemã aumentaram 3,4 porcento em julho face ao mês anterior, superando largamente as expectativas apontadas, que previam uma quebra de 0,2%.

Os dados do Destatis indicam que, em julho, houve uma diminuição de 2,5 porcento nas encomendas internamente, que foi compensada pelo aumento de oito porcento registado nas encomendas externas. Os novos pedidos vindos de países fora da zona euro aumentaram 15,7 porcento face a junho, enquanto os pedidos feitos pela zona euro caíram 4,1 porcento.

"Os novos pedidos atingiram o nível mais alto desde o início da série histórica em 1991. O recorde anterior havia sido alcançado em dezembro de 2017, antes do início da crise do coronavírus", refere o Destatis.

Em comparação com igual período do ano passado, os pedidos ajustados (em função do calendário e preço) aumentaram 24,4 porcento em julho. O gabinete de estatísticas alemã diz ainda que os pedidos foram 15,7 porcento superiores ao contabilizado em fevereiro de 2020, o último mês antes da pandemia da covid-19 atingir a Europa.

As fabricantes de bens intermediários tiveram uma queda de 0,5 porcento no volume de pedidos na comparação com junho. Enquanto isso, as fabricantes de bens de capital aumentaram 5,4% e as fabricantes de bens de consumo viram as encomendas aumentar 7,5%.

A indústria alemã teve uma forte aceleração nos últimos meses, impulsionada pela procura externa numa altura em que a recuperação económica global está a ganhar terreno. Os fabricantes estão, no entanto, a lutar contra a escassez generalizada de peças e matérias-primas, o que tem atrapalhado a produção e aumentados os custos.

É o caso da indústria automóvel, com destaque para a Volkswagen, que limitou a produção de veículos em resposta à ausência de chips, que são cruciais tanto para os veículos convencionais como para os elétricos. 

Fonte: Jornal de Negócios