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Governo alemão duplica objetivo para a capacidade de produção de hidrogénio

27/07/2023

O Governo alemão quer acelerar a produção, a importação e a utilização do hidrogénio como fonte energética amiga do ambiente.

Para o efeito, pretende duplicar o seu anterior objetivo de criar cinco gigawatts de capacidade de produção na Alemanha até 2030 para, pelo menos, 10 gigawatts. Esta decisão foi tomada pelo Conselho de Ministros em Berlim, na quarta-feira, com uma atualização da Estratégia Nacional para o Hidrogénio de 2020.

O Ministro da Economia alemão, Robert Habeck, disse que cerca de um terço do hidrogénio necessário poderia ser produzido na Alemanha, cerca de dois terços teriam de ser importados. Está igualmente prevista uma estratégia de importação e o Governo já alertou que terá em atenção as normas sociais e ecológicas do país de origem.

Tendo em conta o avanço do aquecimento global, o hidrogénio é visto como um elemento fundamental para uma economia mais amiga do ambiente, uma vez que não são produzidos gases com efeito de estufa no processo de produção e pode substituir os combustíveis fósseis, como o gás ou o petróleo. No entanto, é necessária uma grande quantidade de eletricidade para a chamada eletrólise, na qual as moléculas de água são decompostas em oxigénio e hidrogénio.

O Governo alemão pretende que esta eletricidade provenha cada vez mais de energias renováveis - mas o hidrogénio produzido com base no gás natural também deve ser utilizado durante um período transitório, uma estratégia que foi alvo de críticas por parte de organizações ambientais.

Para 2030, o Governo alemão prevê uma procura de hidrogénio de 95 a 130 terawatts/hora na Alemanha, incluindo os chamados derivados do hidrogénio, como o amoníaco, o metanol ou os combustíveis sintéticos, que são utilizados, por exemplo, no transporte marítimo.

De acordo com o documento, espera-se que, até 2030, uma grande parte do hidrogénio seja transportada por navio, depois desta data os gasodutos desempenharão um papel cada vez mais importante. Os terminais de importação de gás natural liquefeito (GNL), que estão atualmente a ser construídos nas costas alemãs, deverão ser utilizados mais tarde para o hidrogénio.

Fonte: dpa