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Inquérito DIHK revela abrandamento na criação de empresas

20/07/2023

Cada vez menos pessoas na Alemanha querem criar uma empresa e trabalhar por conta própria.

Esta é a preocupante conclusão a que chegou a Confederação das Câmaras de Comércio e Indústria Alemãs (DIHK) no seu relatório anual sobre criação de empresas.

"A tendência negativa na constituição de empresas representa uma séria ameaça para a nossa economia", avisa o Presidente do DIHK, Peter Adrian, à luz da avaliação atual. "As bases do “Mittelstand” alemão estão a desaparecer gradualmente. Os setores clássicos como o comércio, os serviços e a hotelaria são os mais afetados. O DIHK apela a uma ação política imediata para criar um ambiente mais favorável às empresas.

O inquérito do DIHK analisa regularmente a evolução atual na criação de empresas nos setores da indústria, do comércio e dos serviços. Os resultados agora apresentados baseiam-se nos relatórios de 350 consultores para a criação de empresas nas Câmaras de Comércio e Indústria Regionais alemãs (IHK).

Segundo Peter Adrian, o número de sessões de aconselhamento sobre constituição de empresas diminuiu, com uma evolução particularmente negativa a longo prazo: “Há 13 anos que podemos observar uma redução no número de interessados em criar uma empresa, chegamos agora ao valor mais baixo”.

Em 2010, por exemplo, as Câmaras de Comércio e Indústria regionais tinham realizado 431.000 consultas, mas no ano passado apenas 154.800 pessoas estavam interessadas em informações e conselhos sobre a criação de uma empresa. Um declínio tão acentuado não pode, de forma alguma, ser explicado apenas pela evolução demográfica. Mesmo em setores orientados para o futuro, como as tecnologias da informação e da comunicação ou os serviços relacionados com as empresas, o interesse está a diminuir drasticamente.

Fonte: DIHK