Notícias de Economia

Preços industriais na Alemanha sobem em média 32,9 porcento em 2022

26/01/2023

Os preços industriais na Alemanha aumentaram em média 32,9 porcento em 2022, contra 10,5 porcento em 2021, representando o maior aumento de preços desde o início da série em 1949, anunciou a agência federal de estatística alemã (Destatis).

No conjunto do ano passado, a evolução dos preços da energia teve o maior impacto na evolução da média anual do índice, com um aumento de 86,2 porcento, contra 24,8 porcento em 2021, incluindo um crescimento de 132,8 porcento dos preços do gás natural, 95,4 porcento dos preços da eletricidade e 40 porcento dos preços do petróleo.

Excluindo a energia, os preços no produtor aumentaram 14 porcento em 2022 face a 2021, contra 6,1 porcento em 2021 face ao ano precedente.

Para os bens intermédios, os preços subiram 19,4 porcento face a 2021, enquanto os preços dos bens de consumo duradouros aumentaram 9,7 porcento, os preços dos bens de capital 7,1 porcento e os preços dos bens de consumo não duradouros 14,4 porcento.

No caso dos alimentos, os preços aumentaram 18,9 porcento em 2022 face a 2021.

Em termos mensais, em comparação com o mesmo mês em 2021, o índice registou um acréscimo de 21,6 porcento em dezembro, a terceira desaceleração consecutiva e o menor aumento desde novembro de 2021.

A inflação industrial alemã tinha atingido um aumento de 45,8 porcento em setembro, que se moderou gradualmente para 34,5 porcento em outubro e 28,2 porcento em novembro. Em cadeia, face a novembro, os preços no produtor industrial registaram uma queda de 0,4 porcento, o terceiro decréscimo consecutivo, embora menos intenso do que o de 3,9 porcento verificado em novembro e o de 4,2 porcento em outubro.

Segundo a Destatis, o principal fator por trás do aumento dos preços no produtor em comparação com dezembro de 2021 continuou a ser o aumento dos preços da energia, devido à elevada percentagem de ponderação combinada com alterações excecionalmente elevadas.

Além disso, os preços dos bens de consumo não duradouros, bens intermédios, bens de consumo duradouros e bens de capital também aumentaram significativamente.

Em dezembro, os preços da energia aumentaram 41,9 porcento face ao mesmo mês do ano anterior devido à subida acentuada dos preços do gás natural e da eletricidade.

Fonte: Lusa