O banco estatal KfW vai disponibilizar 24 mil milhões de euros para garantir a construção e operação da nova rede principal de hidrogénio na Alemanha. De acordo com a agência noticiosa Reuters, o operador e o KfW assinaram acordos correspondentes, segundo os quais os elevados custos iniciais serão pagos a partir de uma conta de amortização que inicialmente será financiada pelo KfW.
A longo prazo, porém, a rede principal de mais de 9.000 quilómetros será paga pelos utilizadores, à semelhança do que acontece com a eletricidade e o gás natural. No entanto, uma vez que apenas algumas empresas utilizarão inicialmente a rede, estas seriam sobrecarregadas. Por conseguinte, o Estado intervirá inicialmente através do KfW. Se, mais tarde, houver muito mais utilizadores, a conta deverá equilibrar-se novamente ao longo dos anos. O reembolso está previsto para 2055, no máximo.
Os operadores de redes de transporte (FNB) estimam os custos de construção em 19 mil milhões de euros. A rede principal ligará os 16 estados federais e as principais regiões industriais. Até 2032, estão previstos 13 nós nas fronteiras para as importações. 60% dos gasodutos de gás natural existentes poderão ser reutilizados para a rede, ao passo que os restantes terão de ser construídos de novo.
O hidrogénio, cada vez mais produzido com a ajuda das energias renováveis, deverá tornar-se o combustível central para o aquecimento, os transportes aéreos e marítimos e, em alguns casos, a produção de eletricidade. Este será também necessário nas indústrias siderúrgica, cimenteira e química para substituir o carvão ou o gás de forma a respeitar o clima. Em alguns casos, o hidrogénio pode ser utilizado de forma mais eficiente do que a eletricidade.
Fonte: Spiegel Online, Reuters