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Montenegro: Esperança de que a Alemanha vá dar a volta por cima

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Primeiro-ministro piscou o olho ao regresso dos emigrantes portugueses, em Estugarda, e prometeu-lhes que o Governo português não os vai "deixar sós".

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@FERNANDO VELUDO_LUSA

Na Alemanha, para assistir à final da Liga das Nações de futebol, Luís Montenegro aproveitou o contacto com a comunidade portuguesa para apelar ao regresso dos emigrantes. “Portugal é hoje um país exemplar do ponto de vista financeiro”, afirmou o Primeiro-Ministro, que se atreveu a dizer, em Estugarda, que “a Alemanha tem a maior economia da Europa, mas Portugal está hoje em melhores condições do que a Alemanha”.

 

O chefe do Governo desejou que a Alemanha ultrapasse a sua difícil situação económica, mas deixou também um apelo ao regresso dos emigrantes a Portugal: “Queremos criar condições para que regressem. Para aqueles que ainda não as tenham, queremos que encontrem no nosso país o destino das vossas poupanças e investimentos.”

 

Luís Montenegro disse depois que o anunciado aumento de investimento em Defesa, para atingir a fasquia dos 2% do PIB, não implica um orçamento retificativo e não será feito à custa de serviços sociais.
“Não implica nenhum orçamento retificativo, deixo isso hoje muito claro. Nós vamos fazê-lo de acordo com as disponibilidades que estão no Ministério das Finanças e tencionamos, no próximo ano, aprovar um Orçamento do Estado que contemple também esse caminho”, declarou.

 

O PM reiterou que o seu Governo não vai “retirar o esforço do lado da despesa com os serviços sociais”, nem “colocar em causa o equilíbrio das contas públicas”. “Vamos gerir do ponto de vista financeiro o país de maneira a conciliar todos estes interesses”, declarou.

 

Sobre os alertas do Banco de Portugal, que, na sexta-feira, reviu em forte baixa a estimativa do crescimento da economia portuguesa este ano, de 2,3% para 1,6%, o chefe de Governo insistiu que “a situação económica de Portugal é boa, a situação financeira de Portugal é equilibrada”, embora admitindo que “os desafios são grandes”.

 

“Nós temos uma Europa com vários constrangimentos, nomeadamente porque o seu principal motor económico, que é precisamente a Alemanha, está hoje com a sua economia contraída. Mas nós temos a esperança de que a Alemanha vá dar a volta por cima e de que possamos, na Europa, construir um ciclo de crescimento económico duradouro, sólido, que possa depois fazer-se repercutir em todos os Estados-membros”, disse.

 

O primeiro-ministro reiterou que a Portugal cabe fazer o que lhe “compete” e “aproveitar todas as oportunidades”, observando que, “criando mais riqueza, é possível contrariar essas previsões que veem alguns sinais menos positivos. Quer isto dizer que não há muito trabalho a fazer? Claro que há muito trabalho a fazer. Somos otimistas, somos realistas, temos os pés bem assentes no chão”, concluiu.

 

Fonte: Lusa, Diário de Notícias

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